2 de janeiro de 2012

O homem um nada

Senhor,
Sou uma casca vazia feita de pó, mas animada por uma alma racional, invisível e renovada pelo poder da Tua graça invisível.
Entretanto, não sou um objeto de raro e grande valor, mas alguém que nada tem e nada é, embora escolhido por ti desde a eternidade, dado a Cristo e nascido de novo;
Estou profundamente convencido do mal e da miséria do viver em pecado, da vaidade das criaturas, mas também da suficiência de Cristo.
Quando tu queres guiar-me, controlo a mim mesmo.
Quando tu queres ser soberano, governo a mim mesmo.
Quando tu tomas conta de mim, eu me basto.
Quando deveria depender de ti, supro eu mesmo as minhas necessidades.
quando deveria submeter-me à tua providência, obedeço à minha própria vontade.
Quando deveria amar, conhecer, honrar e confiar em ti, sirvo a mim mesmo.
Eu erro, modifico tuas leis para se ajustarem aos meus desejos.
Em vez de olhar para ti, busco a aprovação dos homens, e sou por natureza um idólatra.
Senhor, meu maior desejo é dar-te outra vez meu coração.
Convença-me de que não posso ser meu próprio deus, ou mesmo me fazer feliz, nem ser meu próprio Cristo para restaurar minha alegria, nem meu próprio Espírito para ensinar-me, guiar-me e governar-me.
Ajuda-me para que e veja que Tua graça opera isso pelas aflições da vida, mandadas pela Tua providência.
Pois quando meu crédito é meu deus, Tu me rebaixas.
Quando as riquezas são meu ídolo, Tu as afastas de mim.
Quando o prazer é tudo pra mim, Tu o transformas em amargura.
Tira de mim o apetite das riquezas, o ouvido curioso, o coração cobiçoso.
Mostra-me que nenhuma dessas coisas pode sarar a consciência enferma, ou dar firmeza a uma estrutura vacilante, ou sustentar um espírito combalido.
Então leva-me à cruz e deixa-me lá.

("Man a Nothing"; The Valley of Vision: Athur Bennett)

Um comentário:

  1. Deus te abençoe Glauber gostei muito desse texto, ele foi mto inspirador e é o verdadeiro retrato do que em muitas ocasiões somos.

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